quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Peixinha



Desde pequena gostei muito de esportes. Era a primeira a chegar na aula de educação física, fazia com gosto polichinelo, agachamento, corrida, subia escada. Lembra? :) De tudo já experimentei um pouco: handebol, futsal, vôlei, basquete, futebol de campo, capoeira, karatê, judô, musculação, atletismo, natação, hidroginática... e por aí vai. Então passei uns tempos sem poder colocar minhas habilidades atleticas em dia, mas estou aí recuperando o tempo perdido, descobrindo outras coisas que me dão satisfação, depois eu conto mais.

Na família somos eu e Painho, os dois acelerados! É comigo que ele conversa sobre futebol e é para mim que ele envia os torpedos dizendo que time do quê está classificado para o campeonato tal. E eu adoro! E quando estamos juntos assistimos da ginástica rítmica à luta livre. Da última vez que estive lá na casa dele, foi me mostrar a mini academia que montou: esteira, bicicleta ergométrica, remo, aparelho de abdominal, aparelho giratório pra cintura, uns pesos... aí juntamos a fome com a vontade de comer. Eu fiquei doida pra testar tudo e ele ficou doido que eu testasse e falasse o que achei!

Aí começou a maratona, eu ia seguindo tudo que o mestre mandava: Aquece na bicicleta. Cinco minutos. Mais peso. Mais dez. Mais peso. Mais cinco. Agora, acelera, mais dez e pronto. Mede frequência cardíaca, pressão. Vai pra esteira, anda cinco. Cansou? Não. Anda mais ligeiro. Pi, pi, pi, pi, pi... Anda mais cinco. Mede frequência. Está boa. Pi, pi, pi, pi, pi... Corre! Pronto, agora só mais cinco minutos e completa uma hora de tudo. Aí depois faz o remo uns dez minutos e uns cento e cinquenta abdominais.

- Pai, ainda bem... bem... que aqui num, não tem piscina, né?
- Por que?
- :)
- ;)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Elas precisam de amor

Mais uma vez aquele papo chato sobre as diferenças entre homens e mulheres. Não, nem sobre inversão de papéis, mas sobre o que verdadeiramente importa. O que conta para elas? Não é novidade que em rodas femininas rola todo tipo de assunto, mas em boa parte das vezes o assunto é o que elas esperam e porque se decepcionam. A primeira grande lição talvez seja entender que embora essa mulher atual seja diferente do homem, em tudo, no fundo espera mais ou menos o que ele também espera dela. Sabe a lei da compensação, do equilíbrio, da troca? Não? Sabe então olho por olho, dente por dente? Ahhh... agora sabe, não é?!

Na verdade a intenção não é tornar a vida uma disputa, pelo contrário, ela quer é parceria, cumplicidade. E talvez isso seja o mais importante. Um parceiro, cúmplice é muito mais do que uma companhia integral, é aquele que mesmo não estando ao lado o tempo todo, ela sabe que pode contar com ele o tempo todo, pode ter confiança. É aquele alguém que se interessa de fato pelo que ela faz, tem curiosidade de saber como é seu trabalho, sua vida, que compreende seus objetivos, acredita nos seus sonhos, vibra em saber dos progressos, fica verdadeiramente feliz com isso e torce para que chegue mais longe ainda. É aquele que se importa com o que ela sente, com suas preocupações, que entende as angústias, os medos, dá força para continuar e que esteja ali também para abrir o olhos, para dar uma opinião sincera, um outro ponto de vista e não apenas para dizer "amém" a tudo que ela pensa. E o mais essencial: aquele que da mesma forma quer dividir seus sonhos, juntando-os em um só, compartilhar também a sua vida. Não tem vergonha de assumir seus medos, fraquezas, erros e que dá importância à opinião ou ponto de vista dela. É aquele que também vê nela cumplicidade, parceiria e confiança.

É crucial que ele tenha sua individualidade e respeite a dela, que haja da mesma forma com ou sem a sua presença, que não seja grudento nem dependente e admire como ela mantém os amigos. Que tenha interesse de conhecer seus círculos e se entrosar neles também, tenha gosto de ser a companhia dela, de ser o escolhido. Que respeite seu pai e mãe como a coisa mais preciosa, e que não deseje o mal nem aos desconhecidos.

Como dá para perceber, o homem que essa mulher espera não é o ser humano pefeito, mas é aquele que acima de tudo respeite seu tempo e limites, que não ache que ela tem que agir ou seguir por onde ele determinar sem valorizar as etapas que ela acha importante, que não tenha pressa e conquiste-a a cada dia como se fosse o primeiro, que faça sempre o seu melhor, com capricho, com gosto e atenção, tirando o melhor de cada minuto ao seu lado. É aquele que sorri quando a vê, que não tem vergonha dela, independente de como esteja vestida, se conta uma piada boba ou lhe beija no nariz. Que tenha orgulho dela, de apresentá-la, de que todos vejam como ele está feliz ao seu lado. Que lhe dê valor... flores, chocolates ou o seu melhor sorriso.

Um homem que também a faça rir e sorrir. Que goste de agradar e se deixe ser agradado, que ande de mãos dadas, que dance com ela na rua, brinque, conte piada, faça cafuné e beije na testa, que queira casar e ter filhos... passar o resto da vida ao seu lado. Que a trate do mesmo jeitinho a sós ou na frente dos outros, que note quando ela pintou as unhas ou cortou os cabelos. Que goste de dormir junto e confie nela até de olhos fechados. Ela quer estar nos seus planos, sejam eles quais forem.

Talvez o nome disso seja amor. Se ele existir.